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AGORA VAI ?

A invasão chinesa demorou mais do que se imaginava.


Eles chegaram aqui no final da primeira década deste século. Seguindo a lógica oriental (Japão e Coréia do Sul), já se imaginava um progresso bem rápido. A fórmula era a mesma dos Coreanos. Compraram tecnologia (às vezes obsoleta); firmaram acordos com grandes montadoras e, a partir de um determinado momento, iriam, com know How próprio invadir os mercados. O Brasil não ficaria de fora.


Os primeiros eram toscos e de qualidade muito (mas muito mesmo) ruim. O maior exemplo era o EFFA M100; um desastre ambulante. Alguns utilitários pequenos também chegaram. Extremamente rústicos. Todos perdiam, de longe, para os nossos (já atrasados) carros, em todos os quesitos, exceto Preço e Equipamentos.

Já na 2ª década, JAC e Chery começaram a investir por aqui mais seriamente. Os JACs J3 eram vendidos até pelo Faustão. Combinavam preço baixo, garantia bem longa e generosa lista de equipamentos. Os Chery (Cielo e Celer) até que davam as caras com relativa freqüência nas ruas.


Ainda existiam marcas menos representativas por aqui. Geely e Lifan (com o até bom modelo X60). Mas a logística precária de peças, além da rede muito pequena queimavam estas marcas.Foram sumindo do mercado.


Os Chineses estavam mais próximos à qualidade construtiva (embora o interior ainda, por exemplo e via de regra era de plástico de brinquedo vendido em camelô) dos carros fabricados no Brasil. Mas um ponto, que requer muita experiência ainda estava longe de ser alcançado. O Chamado "Refinamento"...motores (até que resistentes) sem torque, câmbios borrachudos, suspensão indefinida (nem conforto, nem estabilidade)...isso somente se obtém com muita pesquisa, desenvolvimento e "chão". São aqueles últimos 10 % de ajustes, que fazem um carro ser equilibrado e de condução agradável. E que Japoneses, Coreanos, Alemães e Cia já dominam.


Parece que, através da CAOA Chery e da JAC, estamos recebendo, a partir desta nova década bons carros. Não se pode mais falar em inferioridade na qualidade construtiva. Uma boa comparação da diferença entre chineses de décadas diferentes pode ser feita atualmente entre dois carros da mesma Marca. O Tiggo 2 baseia-se em uma plataforma antiga. Ainda é um carro que não empolga (motor, chassis, suspensão...) no comportamento dinâmico e até em qualidade construtiva e acabamento; já o Tiggo 5 faz o motorista esquecer o preconceito que temos por carros chineses.

Daqui para frente, será assim. Eles, espera-se, irão se consolidar no mercado.

Mas o pulo do gato virá com novas tecnologias, principalmente a Propulsão Elétrica. A VW, por exemplo tem acordos com a JAC (lá na China, claro), para carros elétricos. A Geely comprou a Volvo, que vai fabricar em breve somente carros híbridos ou totalmente elétricos. Centros de Pesquisa gigantescos estão lá. Nesta nova fase, que os ocidentais abram seus olhos...

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